terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Orlando de Virgínia Woolf


* Por Eduardo Oliveira Freire


O que faria se fosse dormir homem e acordasse mulher ou vice-versa? Teria medo? Aproveitaria para explorar seu novo corpo? Encararia como uma travessia para o autoconhecimento?

No romance, Virgínia Woolf narra a história inusitada de Orlando, um homem que acorda mulher um dia. A partir desta transformação, o(a) personagem encontra sua individualidade, livrando-se das máscaras sociais as quais sufocam o verdadeiro eu. Ao decorrer da história, deixa de ser um mimado nobre e vai se transformando, através dos séculos, em um indivíduo mais completo.

A história reflete sobre os arquétipos masculinos e femininos, como, por exemplo, o homem pertence aos status e à tradição, enquanto a mulher, à natureza.

Faz pensar que independente dos gêneros, podemos viver na autenticidade e não ficarmos nas convenções sociais seculares.

A narrativa é bem acessível, a narradora desenvolve como se fosse uma biografia de Orlando. Há passagens irônicas que de alguma forma questionam certos comportamentos em regras sociais.


* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/





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