quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Dos contrastes


* Por Pedro J. Bondaczuk


Plantei uma semente de fogo
em translúcidos campos de gelo.
Testemunhei o imponderável,
pois nasceu rubra flor de ternura.

Mas quando me dispus a colhê-la
a flor sólida se liquefez
para se transformar numa lágrima,
brilhante, translúcida, salina.

Todavia, o perfume sutil
da flor, de fogo e gelo tecida,
inundou de notáveis contrastes
meu presente, toda minha vida.


(Poema composto em Campinas, em 11 de novembro de 1965).


* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk



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