terça-feira, 7 de novembro de 2017

Polaróide

* Por Dairan Lima

Nosso retrato na parede
tornou-se claro, opaco.
Seguras as minhas mãos
e rimos não sei mais de quê…
se de histórias ou fantasias…
Eternamente rimos.
Nossas bocas se procuram
se misturam ao redemoinho
de um tempo antigo
em que éramos gratos e felizes.
−  Por que não sais daí
e me dás um daqueles beijos?
Pego tuas mãos,
mas elas não me respondem.
Elas sequer existem mais.
Ah, se eu tivesse o poder
de me teleportar para esta tarde
em que juntos, sorrindo,
nos deixamos retratar.
 

* Poetisa tocantinense

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