terça-feira, 12 de setembro de 2017

Paradoxo das decisões


* Por José Danilo Rangel


Até que o decidido seja feito em ato,
e convertido em fato, resultando em algo,
será que se pode rotular a decisão
de boa ou má?

E se apenas pelo resultado,
é que se pode qualificar
a escolha dentre as opções,
há um problema no instante
da decisão;
Pois se o resultado concreto,
e só ele, e somente o que ele tem
e o que que traz de boa ou má
a decisão;
Então, no momento anterior,
quando apenas se especula
sobre o desejado ou não,
não se decide pelo certo,
mas pelo que ainda é possibilidade,
pelo ainda imaginado.
Decidir, portanto,
é como lançar na mesa os dados
e já se imaginando o ganhador,
ser só mais um apostador
com muito ou pouco ali apostado.


* Poeta cearense residente em Porto Velho, Rondônia.

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