quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Ser companheiro é estar presente


* Por Rosangela Aliberti


Hoje li um texto que continha a seguinte frase de Norman Cousins: "A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos." Li esta frase em um texto escrito por um autor que até o momento desconheço de quem seja, sendo que a grande maioria tem atribuindo o TODO (na íntegra) ao jornalista, político e professor.

O que envolve o ser de um jornalista? De um político ou de um professor? Todo professor será um educador em potencial?

Hoje em dia há de se ter cuidado com o material intertextual, o restante das reflexões que estarão escritas aqui fora o que estiver em itálico são grifos meus,(apesar de não ter a formação em jornalismo, nem ser professora e muito menos política), estou dando ênfase a uma frase para sinalizar o que vem ocorrendo com a mídia da internet para TV e as rádios.

Escapes estouram em campos mentais frouxos, pessoas têm passado por cima de Biografias ... generalizando partes como se fossem uma só verdade, como se esta estivesse rasgada a nossa frente, como se isto fosse de TODO possível, procuro fazer o impossível ao dar tapas na ilusão.

Sinto muito leitor, minha maior paixão talvez seja descobrir quem está por detrás de determinadas Letras. Neste ponto sou redonda, como aqueles que afirmavam que a Terra não podia ser chata.

Até que ponto se tapa a desilusão? Se é tempo de folhas verdes de que adianta um pincel cor de rosa sobre a  folha...? Se pessoas não se dão bem com a culpa ... por que será que fabricam “crimes”? Não será por que “gostam” de se auto-aprisionar?

...Às vezes um sonho mascara um pesadelo, as mãos do suicídio dá contornos a falta de Coragem. Na vida, a ciranda o não querer que não deseja provocar modificação alguma  é meio de  transporte para um poço sem fim.  Quando se inventa algo que gira em torno do não se pode reverter a moeda, para o outro lado.

Se a aventura alimenta a paixão, não tenho escrúpulos para fazer uso da sensualidade para alcançar o porquê de tantos tons de mistérios... Para mim não existe mistério que “alunos” andam emendando textos sem citar a fonte e sorrindo por detrás dos “professores”, não há mistério quando vejo o manejar das propagandas de forma enganosa e incoerente, (funciona como fogo contra fogo, veneno contra o próprio veneno) Como as pessoas  imitam e formulam novas imagens? Seriam os mesmos pensamentos que comparam mulheres a máquinas de consumo? Eis um contraponto... já que as pessoas apreciam ver mulheres nuas, que estas então sejam utilizadas para chamar atenção de algo construtivo... infelizmente é triste este parodoxo, quase surreal, quer mais um copo de limonada!?! 

...Não há mistério que determinados s(a)ites pagam para demonstrar uma falsa estatística, acusando falsos números de entrada (leituras).

De que lado os que se intitulam bons veículos de comunicação na atualidade ou quem lida com a Arte pretendem plantar sementes para as futuras gerações buscam estar...? Que ideologias podem trazer fundos musicais com dores de corno?

Que faz com que pessoas “na sua nudez de pensamentos” adulterem Letras & Imagens? Existe uma diferença entre se sentir feliz e fazer com que os outros se sintam felizes.

Como se pode alcançar a felicidade derrubando um outro alguém?
.......

Ninguém consegue ser feliz fechando as portas da Felicidade, por mais momentânea que estas possam nos parecer. Perguntaram-me como se “caça telas e textos apócrifos”? 
Se apaixonando por aqueles que não amamos e pelos que passamos a valorizar. 


Cada autor constrói sua Biografia, com que direito tem outro alguém de se apossar de algo que não nunca será seu... ou prejudicá-lo? 
“Death is not the greatest loss in life. The greatest loss is what dies inside us while we live.” (Norman Cousins).

Hoje vou aproveitar para dissertar sobre algo básico por aqui: existe um certo cuidado na leitura de Biografias... a biografia de um autor, nem sempre é o conteúdo real da vida do autor, mas faz parte do mundo imaginário do criador da Arte... a exemplo dos bons escritores que brincam de malabaristas como se fossem o dono de um circo no picadeiro, há os que são o maestro em uma orquestra... como se fossem compreendessem as diversas linguagens das personagens ao mesmo tempo.

Noto que algumas pessoas às vezes confundem o “eu lírico” de quem escreve com o particular (mesmo aqueles que se dizem vinculados a Arte), é sempre bom relembrar do primeiro verso de Fernando Pessoa em Psicografia:


Psicografia

O Poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
esse comboio de corda
que se chama o coração.
Fernando Pessoa

***

Interpretar poemas, textos e imagens ao pé da letra é similar a quem assiste uma novela e descontente ou contente demais com a personagem ao encontrar o ator no meio da rua, demonstra que é “fã” da personagem ou atribuiu os defeitos encontrados da personagem ao ator. Não vou deixar de gostar de ler Manuel Bandeira, somente porque ele escreveu: A Cópula, com nítida influência em Bocage.

Se uma imagem agride é bom se perguntar o que não está sendo fácil de suportar? O que podemos por hora deixar de lado, sem agredir? E o que se pode retirar de construtivo desta situação. Por que as pessoas quando vão ao teatro tem uma percepção espelhada diferente e um escrito toca o inconsciente de outra forma?

Não leve o personagem pra cama” dita a letra de música de Lulu Santos, não faça a cama do criador somente porque algo na personagem o desgostou, ou possivelmente tenha lhe chamado atenção por demais...

Somente se vive em PAZ para construir um novo amor, afirmando que uma velha paixão desgastou ou fora vivida até o final. O companheirismo pode se tornar mais ameno, porém desafia o tempo; ser companheiro é estar presente, apoiando os maus e bons momentos no dia a dia, conforme os passos vão sendo alicerçados; somente ajuda quem se propõe acompanhar outro não pulando etapas nem degraus, para tanto é necessário o exercício da compreensão e respeito do espaço e tempo do outro.

De modo geral quem procura omitir ou não escrever um nome corretamente (de qualquer que seja o autor da Arte), é sinal que está mais preocupado consigo mesmo, é sinal que se incomodou com alguma coisa ou ainda não prestou bem atenção no que foi: pintado, escrito, esculpido, cantado ou seja não sentiu o que o artista propôs
(re)passar...


* Psicóloga clínica

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