Incógnita
* Por
Anair Weirich
Moro
numa rua sem saída.
A
única medida para sair dela
é
dando meia-volta
até
chegar na esquina.
Nesta
rua tem menina
brincando
de sol.
Tem
até bicicleta
que
passeia sozinha.
Tem
Luluzinha de estimação,
tem
bola, tem boneca, tem canção.
Tem
gato que passeia no muro
e
toma sol no telhado.
Minha
rua é um achado!
Tem
noite de luar
e
tem verso com rima.
Quem
disse que quero
chegar
na esquina?
Moro
numa rua sem saída
que
tem porta e tem janela.
Mas...
quem disse
que
quero sair dela?
Minha
rua tem até Mercearia.
Tem
linda pradaria
e
tem jardim.
Quem
quer sair
de
uma rua assim?
(Do
livro Melodias do Coração 2008)
*
Poetisa e escritora de Chapecó/SC.
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