domingo, 25 de junho de 2017

Canção sem explicação



* Por Pedro J. Bondaczuk


Morre serena no ar
A canção que compus pra você...
Recordo sonhos impossíveis
Com você, perdida ilusão.
Invenção do meu intelecto?
Ave errante e fugitiva?

Faço-me sombra discreta,
Amada, misteriosa figura.
Recorro aos astros distantes,
Invento enredos felizes,
Assumo minha efemeridade...

Doido sou! Não sou anjo
Especial para ser poesia!

Clamo aos céus, ao acaso,
Acendo velas no escuro,
Semeio gestos de amor,
Tremo ao pensar em você,
Rosa mística de Sharon,
Orvalho das frias manhãs!

(Poema composto em São Caetano do Sul, em 5 de novembro de 1963).



* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk

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