sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Balada pós-humana

* Por Rodrigo Garcia Lopes

Quando eu tinha trezentos anos
Nas praias automáticas de Ptyx
Sob um belo sol artificial, e as três luas de Matrix,
Avatares se bronzeavam com pensamentos meus,
Ao lado de uma linda, linda máquina.
É possível que eu seja
A sua vida
E você seja a minha?
Uma borboleta virtual que sonhou
Que era o clone de um monge.
Já vai longe o tempo
Medido em batidas do coração.
Que eu pense um céu e assim seja
uma formiga
conectada a uma base de dados que é
Minha língua?
Há alguma coisa que possa existir nesta velha Terra
Que não seja clone ou milagre?


* Poeta.

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