segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A felicidade das plantas


* Por Adriana Gabriel


Andando pela rua, vi um casal de passarinhos em cima de uma árvore, demonstrando sua felicidade diante dos gêmeos que acabaram de nascer. O pai, feliz da vida, cantava e cantava, demonstrando, para seus vizinhos passarinhos, a sua felicidade e de sua esposa. Tinha nascido, naquele dia, um casal de periquitos, os mais bonitos dos periquitos que já nasceram naquela época florida e cheia de alegria. As flores se abriam para festejar o primeiro dia da primavera, os animais brincavam naquele mar de paisagens alegres, as crianças passeavam com seus pais pelos bosques e matas, felizes da vida. Respiravam-se ares puros, e a natureza respondia, com alegria, a todos os gestos de amor.

Todos os dias, o pai saía à procura de alimentos, enquanto a mãe cuidava de alimentar, e ensinar aos passarinhos o seu papel. Os dias se passavam e os pequenos periquitos iam tomando formatos em seus corpos e se tornando os mais belos periquitos da região. Os passarinhos Jonas e Joana passeavam com seus pais pelos bosques e florestas, da mata amazônica, à procura de alimentos e de felicidade, que aquela época proporcionava. Os pássaros e as crianças brincavam em uma felicidade só.

Um belo dia, uma criança chamada Rosa, ao sentir o vôo do pássaro Jonas perto de seu corpo, abriu um sorriso inesperado por seus pais. Rosa andava meio doente e pra baixo, e seus pais resolveram levá-la ao bosque, num belo passeio, para alegrar a filha. O pai, ao ver aquele belo sorriso de sua filha, perguntou o que tinha acontecido, e a filha virou-se para o pai e respondeu:
- Pai, estava sentada debaixo desta linda árvore, de belas pitangas, quando um belo pássaro loiro, parecido com um periquito, pousou em meu ombro e permitiu que fizesse carinho nele.

O pai, assustado com as belas  palavras da filha,  perguntou:
- Minha linda, foi isso mesmo?
A filha, alegre e sorridente, respondeu:
- Foi sim, meu pai.
Naquele instante, o pai levantou-se e foi até a esposa, e lhe disse:
- Margarida, veja o olhar de nossa filha, os traços de felicidade dela. Ela acabou de me contar que esta alegria é devida a um dos pássaros da família dos periquitos, que trouxe essa felicidade para ela.

A mãe, contente com que escutava, pois não sabia mais o que fazer para alegrar a filha, sugeriu ao pai que não comprasse um bicho de estimação para ela, e sim que os levasse, sempre que pudesse, ao bosque, para que ela pudesse brincar com os animais. O pai, vendo, mais uma vez, o sorriso no rosto de sua bela filha, concordou imediatamente com a esposa. Perguntaram a Rosa o que achava da idéia, e a menina aceitou, com uma condição.

O pai perguntou-lhe qual seria. E a menina respondeu que, desde que pudesse levar de casa coisas que ajudassem na conservação da natureza. Seus pais concordaram com a menina, e sempre quando iam ao bosque, a pequena Rosa levava consigo alguma coisa que preservasse o bosque.

E assim, Rosa, sempre que passeava com os pais pelo bosque, estes levavam, de casa materiais que ensinassem a filha a conservar o meio ambiente. E a menina passava o que seus pais lhe ensinavam, com amor e suavidade nas palavras, para suas amigas, que gostavam de escutar, sempre que chegava com novidades.



* Jornalista.

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