quinta-feira, 24 de março de 2016

De sonho e poesia


* Por Evelyne Furtado


Luta, ansiedade, agonia.
Pesam, os cílios, toneladas
Cerra os olhos: liberta a poesia

Em veste de suave alegria
Dança no firmamento desnudo
Tão nua quanto o céu, a poesia.

E o desejo latente varia.
De uma esquina a outra
Vagueia a celeste poesia.

Em desordenada alforria
Fugindo do algoz carcereiro
Vence sempre a poesia.

Para provar tal iguaria
Um leito de estrelas é suficiente.
Vive a poesia.

Ao despertar recomendaria
Lembrar passo a passo
A dança da poesia.

Para o desejo ser revelado
À luz de sol ou candeeiro
De quem fez a poesia.


* Poetisa e cronista de Natal/RN

Um comentário:

  1. O sono dá liberdade a poesia, mas ela aparece despida ou de roupas? Liberta e entre estrelas, tal detalhe já não conta.

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