segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Vagas


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


Alice, Ana Júlia, Catarina.
Celeste, Thereza, Carina.
Nomes, cores, nuances,
romances, aromas.
Tragédias, decepções, curvas
de um rio ora perene, ora
traiçoeiro, sedutor em suas
pequenas vagas, cheio de
inveja do mar.
Ora traz, ora leva para o seu
leito profundo, histórias
amarradas em laços de fita
descoloridos pela passagem
das estações que não mais
avisam, nos atropelam num
determinismo caótico,
capenga.
E assim, os nomes perdem
o sentido, viram historinhas
passando de boca em boca
até perderem a graça.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário




Um comentário:

  1. Quando crianças, minhas primas e eu repetíamos tanto uma palavra, que ela perdia o sentido.Eu também tenho inveja do mar.

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