domingo, 27 de dezembro de 2015

Cadeias


* Por Carmo Vasconcelos


Há cadeias ocultas que mais prendem
Do que correntes de aço em sua dureza,
Finos liames, grampos que não fendem
Nossa alma... Tal dos elos a leveza.

São subtis laços sem nós prepotentes,
Atados suaves sem linhas amargas,
Embrulhos de amor e paz oferentes,
Soltos enlaces sem pesadas cargas.

Que sejam as amarras cordas de oiro,
Filigrana co’a força do marfim,
Consútil de um amor até ao fim...

E que o seu peso não seja o desdoiro,
Que leve um ser amado à insanidade,
Na angústia pela luz da liberdade!


* Poetisa portuguesa

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