domingo, 23 de agosto de 2015

Quase existência (a minha arte final)


* Por Samuel C. da Costa


Para Fá Butler
  

A realidade liquefeita...
Trouxe para junto de mim
Quem não me queria ter por perto...

A realidade relativa e pós-moderna
Afastou completamente de mim...
Quem eu mais queria ver a meu lado.

Agora tenho nevoentas
E vagas lembranças...
Daquilo que nunca vi
Daquilo que nunca vivi.

Ficou então somente
As marcas de um tempo surreal...
Que o relógio nano-tecnológico
Deixou de marcar a tempos atrás! 
Restando como testemunhas oculares
As cinzas das horas em Eras remotas

Uma Era perdida no descontínuo tempo
E no espaço abstrato

Quem sabe...
O mundo sintético na pós-contemporâneo...
Não comporte mais...
A minha quasimodesca...
E frágil existência vazia e despropositada.

Restando-me então somente...
Ver as areias do destino...
Desintegrou aquilo que um dia
Eu pensei ser
Uma relação perfeita.
Quando eu mentia para mim mesmo


* Poeta de Itajaí/SC

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