quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O guarda-chuva de Magritte


* Por Gustavo Pilizari


Não perguntaram sobre o paradeiro de Magritte; todavia, o homem com a murcha maçã disse tê-lo visto brevemente no passado de agora pouco atrasado...

O guarda-chuva foi usado durante uma tempestade de poeira encharcada de água seca...

Alguém gritou mudamente no meu ouvido e não vi os meus olhos caídos na tigela furada... Somente mãos seguravam tal tigela; o corpo, se existia, estaria descansando alhures...

O cachimbo não foi tragado, pois o mesmo nunca existiu – o que é um cachimbo?

Ceci n'est pas une pipe!

Acreditem em mim quando digo que fui roubado de mim, o meu eu anda em outro que não sei quem é... Tenho verdadeiro medo do que me é estranho!

- Posso lhe contar um segredo?
- Posso?
- Então tá...
- Eu sou Humano! – isso não lhe é estranho?


* Jornalista

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