terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Saint Exupéry. Aviador por profissão, escritor por vocação (e devoção)

* Por Emanuel Medeiros Vieira


Antoine de Saint Exupéry (1900-1944) deve estar no vasto Mediterrâneo. Nunca acharam o corpo deste aviador por profissão e escritor por vocação (e devoção).

Não importa. Ele é do mar e de todos nós.

O grande Antoine um dia desceu na nossa ilha, no Campeche (felizmente, antes de sua favelização).

Não, não é, como muitos pensam, um escritor das misses que, com suas curtas massas encefálicas, nunca o entenderam. É maior. Leiam só o final de “Terra dos Homens”, na tradução de Braga.

Traduzi trechos do livro de Saint Éxupery.

Mas a versão do maior cronista brasileiro de todos os tempos é perfeita.

Leiam: “O que me atormenta, as sopas populares não remedeiam. O que me atormenta não são essas faces escavadas nem essas feiúras. É Mozart assassinado, um pouco, em cada um desses homens.

Só o Espírito, soprando sobre a argila, pode criar o homem”.


* Romancista, contista, novelista e poeta catarinense, residente em Brasília, autor de livros como “Olhos azuis – ao sul do efêmero”, “Cerrado desterro”, “Meus mortos caminham comigo nos domingos de verão”, “Metônia” e “O homem que não amava simpósios”, entre outros.  

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