quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Imprimas


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


Não te permitas ao assédio
voluntarioso da tua jornada.
Não te entregues a um
desígnio vazio,  que
alija sem que percebas
teus nobres propósitos.
Antes de te deixar abraçar
pelo cotidiano que te
encarcera, permita-te
ao sopro suave de uma
noite sem chuva.
Adormeça com os olhos
fixos nas estrelas e se
um dia o céu te reivindicar,
que alguém então chore por ti.
Imprimas tua passagem
sem cicatrizes e deixe
no ar a promessa de
saudades.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. Imaginar que se deixará saudades já um consolo para a nossa finitude, depois da nossa passagem por aqui, que a meu ver, não é tão rápida como todos dizem.

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