quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Altar da lembrança



*Por Pedro J. Bondaczuk


Sombras movem-se na parede
do quarto, à meia luz do abajur.
Silêncio! Amor infinito
reverenciado no altar da lembrança...

Carícias velhas...muito antigas
que o corpo nunca esqueceu.
Beijos arrebatadores
cujo sabor a boca
jamais deixou de guardar.
Perfume insinuante de mulher
que impregna as narinas
e reaviva os sentidos.
Amor total...infinito
(enquanto dura)...
Altar da lembrança.

Palavras, inúteis palavras.
Mentiras...promessas
sem substância,
impotente caveira...
Silêncio! A linguagem
do amor é muda..
.
Gramática dos sentidos...
Imagens...sensações...
fantasias... desejos...
saudades...recordações....
Silêncio! Amor eternizado
no altar da lembrança.


* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk 



Um comentário:

  1. Algumas vezes, ainda que o amor tenha sido grave, não ficam nem as lembranças. É que dói lembrar.

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