segunda-feira, 28 de abril de 2014

Exílio da terra do nunca?

* Por Adailton Bastos

Não voei mais,
o capitão está sem o gancho
não ouço sininho...
As flechas desapareceram,
os índios sumiram,
e o cavalo de pau fugiu
e a cavalaria não apareceu...
As bolinhas de gude
e as figurinhas foram
para o fundo do baú...
A bola de “cobertão”
esvaziou, o campinho
de futebol o progresso
fez um prédio em cima dele...
Já não brinco de carrinho
de rolimã, pião e finca...
Cresci, me tornei um homem
 e deixei as coisas
de menino...
O tempo me
exilou da terra

do nunca.

* Poeta, professor e escritor


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