segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Migalhas

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

Ouço o tilintar dos talheres
 uns devoram a ceia como feras
 outros a engolem a seco.
 Não limpam a boca nem
 lambem os dedos.
 Saem da mesa aos empurrões
 debatem-se diante da televisão
 como autômatos.
 Bichos egoístas...esqueceram
 a criança que presa a cadeira
 saboreia as migalhas.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. A pressa em se agarrar às máquinas está tão descontrolada que chega a ser caso de polícia. Somos seres viciados, um caso sem jeito.

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