segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Tudo como dantes

* Por Roberto Corrêa

Vai chegando novamente o fim do ano e as perspectivas ou boas notícias continuam mínimas. Ao invés de anunciarem boas notícias, por exemplo, que os impostos não sofreriam nenhum aumento para o próximo ano e verbas especiais seriam destinadas para a educação, explicitam que estão interessados em investigar a verdadeira “causa mortis“ do ex-presidente João Goulart falecido há mais de cinquenta anos!

Explicitam também que o país vai bem em seu desenvolvimento econômico, nada havendo pois, como que se preocupar. Nos feriadões as estradas para o litoral e montanhas superam todos os congestionamentos e com isso comprovam que a nova classe média anda podendo adquirir o seu carrinho em longas parcelas mensais...

Essa ilusão toda acabará no princípio do ano quando chegarem os avisos de pagamentos do IPVA, IPTU e as listas de compra de material escolar, logo após as férias. Tais acontecimentos, sem dúvida, provocarão novo “estalo”, que poderá enviar blocos de revoltados para a rua, impedindo quaisquer bons pensamentos sobre a Copa do Mundo ou sobre os melhores candidatos para as eleições que também deverão ocorrer no próximo ano.

Interessante que a imprensa consubstanciada em todas as mídias serve exclusivamente para informar e comunicar (não apita coisa nenhuma), de maneira que pensa cumprir cada vez melhor o seu papel em exteriorizar as barbaridades que acontecem pelo mundo afora. Exibe tragédias (tufões, ciclones, terremotos, inundações etc.) e não se peja de relatar os mais estranhos e horríveis assassinatos cometidos pela espécie humana, podendo deixar o débil espectador psicologicamente abalado.

Governantes, políticos que se presumem autorizados a promover o bem de seus cidadãos ou são incapacitados ou não possuem a chamada vontade política, de resolverem tais problemas não exteriorizados, mas fundamentais para o bem estar social.

Então, como íamos dizendo, com a aproximação do fim do ano, sem voz e comando, só resta ao cidadão de bem, numa linguagem trivial, mais uma vez,por o feijão de molho... Que a Divina Providência nos abençoe e proteja no sentido de nos capacitar para enfrentar os novos períodos de crise que, inevitavelmente, não deixarão de acontecer.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.


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