sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Novos rumos

* Por Carmo Vasconcelos

Vão-se os anos correndo, oh, vida breve!
Vai-se o tempo encurtando sem surpresa,
E nos ventos de tanta ligeireza,
Esvai-se o alento d’alma em passo leve.

Tantos anseios e sonhos que já teve…
Hoje, lagos de pranto, são represa;
águas aprisionadas na incerteza
do rumo que o destino lhes prescreve.

Que se abram as comportas, que de vez
haja brilhos de sol para enxugar
a dor molhada que a alegria desfez…

E que venha, a seu tempo, a luz da fresta
para a morada eterna se alcançar…
Morada onde mais nada nos molesta!


* Poetisa portuguesa

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