terça-feira, 17 de setembro de 2013

Morte súbita

* Por Alberto Cohen
 
Eu morro a cada instante
em que me morre o amor.
É o funeral das coisas achadas,
desperdiçadas, que não voltam mais,
e se tornam estátuas de jazigos
ignorados pelas alamedas
dos que não têm mais nome.
Eu morro, simplesmente morro,
como tantas vezes já morri
no balé do que não deixa rastros
de persistentes procuras sem possíveis
reencontros para o desamor.
Eu morro e sempre me renasço,
coveiro de paixões desenfreadas
desta minha alma sedenta de amor.


* Poeta e escritor paraense 

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