sábado, 21 de setembro de 2013

E o presidente Obama?

* Por Paulo Reims

Verdadeiramente, Obama se revela dia após dia uma grande decepção para o mundo.

Em 2008, quando foi eleito ao primeiro posto dos EUA, e consequentemente do mundo, por conta do imperialismo, muitíssima gente, no mundo inteiro, traumatizada por tanta violência e guerra, viu nele um ‘messias’ que iria estabelecer uma nova ordem mundial, baseada na justiça, na paz e na concórdia entre os povos.

Terminadas as festas da sua posse, ele já se comprometeu, diante dos líderes do Pentágono, a levar adiante os compromissos militares do seu antecessor, o presidente Bush.Todos os considerados ‘herois’ nas promoções das guerras, que só levaram sofrimentos, dores, mortes e destruições no Iraque, Afeganistão, Líbia... tiveram promoções dentro do seu governo.

E assim o imperialismo estadunidense continua a disseminar morte e ódio por todo lado, por pura ganância e megalomania...

Se existe a cultura da guerra nos EUA, há também, por parte da maioria dos cidadãos desse país, o repúdio à guerra, pois estão cientes de que entre os seus há muito sofrimento e dor, também. Há mais mortes por suicídio entre os soldados estadunidenses, do que mortes nos campos de batalhas. Só no ano passado, 6.500 veteranos de guerra tiraram a própria vida.

Assim, os que acalentavam sonhos bons, continuam vivendo no pesadelo, pois aquele que recebeu o “Prêmio Nobel da paz”, verdadeiro insulto, semanalmente vai vistoriar os aviões não tripulados, os terroristas dos ares, que matam centenas de pessoas pelo mundo, consideradas inimigas perigosas para seu país.

Mesmo assim, muitos líderes ocidentais e outros aliados do imperialismo continuam vendo em Obama o primeiro presidente negro, eleito para garantir a liberdade e a dignidade dos povos, independentemente do rastro de sangue deixado pelo seu governo.

O historiador Norman Pollack escreve: “Temos à frente do país um reformador fracassado e ressentido, que pratica alegremente o assassinato com sorriso nos lábios”.

Conhecemos pelo wikileaks que o processo de espionagem dos EUA é muito sofisticado, e que muitos bilhões de dólares são empregados para ter todas as pessoas e instituições em suas mãos, na hora que desejar, sem escrúpulos; quanta sordidez! Desta forma promovem a insegurança e o terrorismo pelo planeta. Quem poderá escapar das garras da águia? Até a presidente Dilma cancelou sua visita oficial aos EUA, sine die, por conta desta aberração. Ela aguardava explicações do Obama sobre a espionagem exercida sobre ela, seus assessores e o povo brasileiro. Certamente as recebeu, mas não as convenceu...

O medo dos EUA de perder a hegemonia, exercida de forma violenta, é tão grande que certamente buscam uma forma de conhecer e espionar até os pensamentos; veem em cada pessoa um potencial terrorista, um inimigo a ser destruído.

Porém, lideranças militares dos EUA estão reagindo contra o ‘messias’, que se revela o anti-cristo. A Editora norte-americana Bob Powell publicou uma informação, no mínimo, interessante: “Cinco generais do exército estadunidense se reuniram com Obama e o advertiram de que, se ele ordenar um ataque à Síria, seria preso e acusado de traição por fornecer ajuda e assistência à organização terrorista Al Qaeda - associada aos ‘rebeldes’ na Síria - e inimiga declarada dos EUA.

Conforme o jornal "The Guardian", sob o governo de Obama, muito fraco, a influência do militarismo é maior do que nunca, dentro do país, e não se descarta um golpe militar.

Resta-nos saber se Obama toma decisões pessoais, ou é manipulado pela nata do sionismo internacional, assim como o é a maioria dos governantes!

E a grande mídia que insiste em chamar o presidente da Síria de ditador, e que o considera responsável por lançar armas químicas, quando o mundo inteiro já sabe quem são os verdadeiros ditadores e quem são os responsáveis pela tragédia provocada pelas armas químicas?

Faz alguns dias, dois ganhadores do “Prêmio Nobel da paz”, latino-americanos, Adolfo Pérez Esquivel e Rigoberta Menchú, juntos escreveram ao presidente Obama, solicitando que ele busque a paz através do diálogo com o governo sírio.

Há pouco tempo escrevi: Obama, converte-te, ainda há tempo! Sonha, Obama, com a maioria do povo, para que um novo mundo, justo e solidário, desponte!

* Jornalista


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