sexta-feira, 26 de julho de 2013

Inevitável

* Por Flora Figueiredo

O termômetro se desajusta
e desafia
o corpo que se assusta.
A cidade se retesa,
a máquina emperra,
a neblina desce.
Com um beijo de veludo,
apesar de tudo
o amor acontece

·         Poetisa, cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.


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