segunda-feira, 22 de abril de 2013


Recuperação da sociedade

* Por Roberto Corrêa

Enquanto aguardamos o surgimento de temas ou noticiários fáticos que se enquadrem no esquema que objetivamos desenvolver, vamos remexendo textos antigos que, de certa forma comprovam que a degradação vem de longe e que a maioria ainda persegue e aguarda a recuperação desta sociedade.

Em mini palestra que fiz na ACLA, possivelmente na última década do século passado, indagava-se se a sociedade daquela época seria recuperável. Respondi: “realmente a situação existente é calamitosa e esse degradante estado de coisas é explicado pela mídia eletrônica e impressa com o máximo prazer, pois os seus divulgadores – no afã de agir com imparcialidade e demonstrar insensibilidade jornalística – não lastimam nem condenam os fatos, mas simplesmente os relatam. E os relatam, muitas vezes, perversa e sadicamente.

Jornais, revistas, rádios e tevês, fazem questão de abordar assuntos escabrosos: sexo fobia tripudiando sobre a degradação da família, com a apologia do divórcio, das uniões livres, exacerbação do prazer com o uso de drogas, tolerância comprometedora com o homossexualismo masculino e feminino e assim por diante. Com a continua e diuturna divulgação dos nefandos crimes, mazelas, sofrimentos, o homem se desumaniza cada vez mais e tende a agir como os animais ou até de forma pior, pois inteligente, exacerba os requintes do mal e da perversidade.Mas, de outro lado, felizmente, encontramos indivíduos corretos, capacitados, seres racionais de elevado quilate, que sabem distinguir clara e insofismavelmente, as coisas boas das coisas más. Esses indivíduos , que constituem a minoria, não significando isso que sejam em número demasiado pequeno , é que a poderão recuperar. Mas a luta não será fácil, pois a maioria, qual horda avassaladora, tende a esmagar os que lhes oferecem resistência. Além do mais, a minoria não se encontra totalmente unificada e se enfraquece na pluralidade de conceitos, religiões, filosofias, opiniões.

O homem vive a se debater em guerras e crises, como se fossem poucos os percalços e as dificuldades do cotidiano. Qual a razão disso? Não conseguirá viver em paz, harmonia e felicidade nesse maravilhoso Universo que o cerca? Pensamos que não porque a grande maioria da população mundial se encontra afastada do verdadeiro Deus e, consequentemente, dos caminhos que conduziriam à vida terrestre feliz. Não vamos nos alongar. Dentro do contexto que nos propusemos, e apontando razão ou razões das crises que nos afetam podemos afirmar com segurança que a principal causa dos males sociais da Era Cristã reside na crença da inexistência de Deus ou, ao menos no predomínio profundo do agnosticismo. Se Deus criou o Universo e a nós mesmo, é lógico que não estará do nosso lado se Nele não acreditamos ou duvidamos de Sua existência.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.

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