terça-feira, 26 de março de 2013


Paixão de Cristo* – Rir ainda é o melhor remédio

** Por José Calvino de Andrade Lima

Vamos rir? Era Semana Santa. Antigamente todos os anos  no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, era armado o circo Tomara que não chova   (por não ter empanada). O proprietário do circo havia dado, uns dias antes do espetáculo, uma pisa num rapaz, em razão do mesmo haver dado uma cantada em sua amante.

Mas o que aconteceu? O referido rapaz é contratado pelo diretor do espetáculo, junto aos demais desocupados para fazer o papel de soldado (os algozes de Jesus). Jesus carregava  a cruz ao calvário, após colocarem a coroa de espinhos (feita de palha) na cabeça. Na hora em que os soldados chegavam a ele  diziam: “Salve, rei dos judeus!; e davam-lhe falsas bofetadas, açoitando-o com sacos de estopa.

O rapaz inimigo, premeditadamente, colocou um “quiri” (pau) dentro do saco e  danou pelo lombo do Cristo. Ao reconhecer o dito cujo, Jesus soltou a cruz e foi em cima do inimigo. Foi aí que começou a inesperada comédia. Brigando, Jesus leva desvantagem... e outras cacetadas foram dadas. Cristo então corre, para alegria da platéia, que gritava: “Jesus frouxo!”, “Jesus frouxo!”.

* Extraído do livro Miscelânea Recife - p.127-8 - ed. 2001 - Gravado em disco - mar 2003.

** Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, compositor e rei do Maracatu Barco Virado. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e em vários sites... Tem 11 títulos publicados, todas edições esgotadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário