terça-feira, 26 de março de 2013


Ainda o amor

* Por Evelyne Furtado

Entre uma risada e outra
Ouvia-se o longo suspiro
Como a lembrar à mulher
Que a luta não acabara
Que a mágoa não sarara
Que o ar ainda lhe faltava

Entre uma canção e outra
A cantora desafinava
Esquecia-se da letra
Perdia-se na dália
Como a lembrar à mulher
Que o sonho não se materializara

Ainda lhe feria a lembrança
Do amor que não fora fácil
Mas que nunca o negara.

Entre prender-se ao passado
E avançar ao futuro
Ri e chora a mulher desafinada.

* Poetisa e cronista de Natal/RN

Um comentário:

  1. Dois sentidos não assam milho. Ou cantar ou se lamentar. Mensagem bem dada, Evelyne. Como somos frágeis e dominadas pelo amor desfeito! Queremos, mas não passamos a página.

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