sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O ícone

* Por Jair Lopes

Segundo o Huaiss, ícone pode ser: pessoa ou coisa emblemática, isto é, essa coisa ou pessoa ao ser mencionada não precisa de explicação, ela é a explicação. Assim, temos ícones na história, nas artes, nos negócios e em todas as atividades humanas. Mas eu quero falar de um ícone do cinema que representa a mulher sexy por excelência: Marilyn Monroe.

Marilyn Monroe recebeu o nome de Norma Jeane Mortenson, ao nascer em Los Angeles em 01 de junho de 1926. A mãe dela, Gladys Pearl Monroe trabalhava na edição de filmes dos estúdios RKO e o pai pode ter sido um dos três homens que ela se relacionava naquela época. Marilyn viveu em orfanatos e lares adotivos até se casar aos dezesseis anos. Em 1945, um fotógrafo do exército que fazia umas tomadas de mulheres que participavam da campanha da guerra viu-a trabalhando numa fábrica de pára-quedas e percebeu seu potencial como modelo. Ele teve um caso com ela e a encaminhou a uma agência de modelos. Seu êxito na profissão levou-a naturalmente a um teste para atriz e à assinatura de contrato com a Twentieth Century Fox, em 1946, pelo salário semanal de 125 dólares. Marilyn fez uma série de pontas em filmes até 1953, quando recebeu um papel de certa relevância. No mesmo ano, Hugh Hefner comprou uma foto de Marilyn nua, feita quando ela era modelo principiante, e a publicou na então sua nova revista Playboy. Marilyn virou celebridade e tornou-se ícone da mulher sexy, rótulo que parecia ter sido criado para ela. Casou-se com o grande jogador de beisebol Joe DiMaggio o qual, mesmo depois que ela morreu disse que jamais deixou de amá-la e até o fim de seus dias levava todo mês uma flor ao seu túmulo. Marilyn também casou-se com o dramaturgo e escritor Arthur Miller e frequentava com grande sucesso roda de intelectuais amigos de seu marido. Ao contrário do que alguns maledicentes insinuam, Miller, do alto de sua inteligência e fama, afirmava categoricamente que Marilyn era extremamente inteligente, o que lhe faltava era escolaridade, havia freqüentado apenas quatro anos de bancos escolares em decorrência das errâncias de sua sofrida infância.

Sempre a procura de um afeto inatingível que não tivera na infância, ela buscou consolo em comprimidos, no álcool e relacionamentos eventuais, passando a ser inconstante no trabalho e incapaz de manter relacionamentos sérios com os poucos homens que se esforçavam tremendamente para amá-la e serem amados. Apesar disso tudo, seu sucesso como atriz havia decolado e ela tornara-se famosa, rica e imitada por outras atrizes e por mulheres do mundo todo.

Em 1962, quando tinha 36 anos e continuava mais linda que nunca, Marilyn foi encontrada em seu apartamento, morta por uma overdose de Nembutal e hidrato de cloral, ambos barbitúricos vendidos sob receita médica. No seu obituário a morte consta como suicídio. Mas devido a supostas ligações dela com John F. Kennedy e Robert Kennedy; a inconsistências dos indícios encontrados no local da morte; e o desaparecimento das gravações de seus telefonemas, foram aventadas várias hipóteses de assassinato. O imaginário popular mundial ficou excitado com a possibilidade do relacionamento do presidente Kennedy com ela a partir do “Happy Birth Day” que ela cantou de modo extremamente provocante para ele na Casa Branca. No mais, perdeu-se um ícone e nasceu um mito.

• Escritor, autor dos livros “O Tuaregue” e “A fonte e as galinhas”.

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