domingo, 22 de julho de 2012

Soneto 76

* Por William Shakespeare

Por que ao meu verso falta novidade,
orgulho jovem, variação, mudança?
Por que não deixo acompanhar-me a idade
dos novos métodos que a moda lança?

Por que escrevo apenas sempre o mesmo
e escondo o achado em hábitos banais,
tanto que as palavras quase nunca a esmo
mostram meu nome e a mim como seus pais?

Ó doce amor, é de você que escrevo,
você e o amor, meu único argumento;
vestir no velho o novo, este o meu desejo,

usando tudo o que me lega o tempo...
Como o sol cada dia é novo e tardo
assim o meu amor só conta o que é contado.

(Tradução de Carlos Vogt).

• Um dos maiores escritores de todos os tempos

Nenhum comentário:

Postar um comentário