sábado, 21 de julho de 2012

No dia em que vim ao mundo


* Por Clóvis Campêlo
No dia em que eu vim ao mundo,
não houve nada de novo.
Fez-se a luz em um segundo
e logo juntei-me ao povo

que por aqui habitava.
Livre do colo materno,
nem mesmo eu mais lembrava
que tudo ali era eterno.

Talvez tenha visto o brilho
de uma estrela distante,
mas eu queria era o trilho
do meu caminhar errante.

Um estribilho inventei,
que a vida é sopro e leveza,
e repetir-se é a lei
que comanda a Natureza.

No dia em que eu vim a Terra,
não teve nada de mais;
não se acabaram as guerras,
nem inventaram a paz.

• Poeta, jornalista e radialista

Nenhum comentário:

Postar um comentário