quarta-feira, 28 de março de 2012



Cores

* Por Pedro Du Bois

Das cores fujo em descolorido caminho:
a imagem acredita no espelho. Espalho
espantos. Espero a lua infantil da lembrança
e lanço cumprimentos: digo bom dia ao transeunte
e junto meu corpo à fila do aguardado ônibus.
Não pergunto o destino: lamento o ocorrido.
Não me aproximo; conservo a distância
na criação inconstante: o lucro exorbita
a promessa de me manter vazio
em indiferenças. Sem cores ressurjo
amadurecido. Retiro a cortina e na vitrina
não sou a imagem atrás da porta

• Poeta, autor do livro “Brevidades”, lançado através do Projeto Passo Fundo
.

Um comentário:

  1. Experimente-as aos pouquinhos em doses
    homeopáticas, mas se não as quiser, apenas
    as espie pela janela. Um mundo sem cor
    não respira...
    Abraços

    ResponderExcluir