domingo, 18 de setembro de 2011



Meandros

* João Alexandre Sartorelli

O tempo consome o meu tempo
Por entre as chuvas e candelabros.
Braços que seguram as luzes,
Luzes nos teus olhos de mormaço.

Casa de espelhos e de cifras
Onde chovem olhos e chamados.
Runas que invocas e acreditas
E a voz sem consolo do cansaço.

Há uma ponte que acolhe a vítima
E o sono profundo do vigia,
Portas sem prumo, rituais de família.

Escurece, não há fímbria nas horas
Ou o murmurar rude da vigília:
Só um riacho preso na memória.

* Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação

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