terça-feira, 21 de junho de 2011







Poema do flanar

* Por Talis Andrade


Vamos flanar
pelo azul,
o azul do mar,
o azul do céu.
Vamos flanar
pelos verdes canaviais
e amarelos campos
de girassóis.
Vamos flanar
de rua em rua,
de praça em praça,
na cheirosa grama,
nos macios lençóis.
Vamos flanar
com os pássaros,
saltar de flor em flor,
beber da água da fonte,
beber da poesia
e, embriagados
de perfume
e vinho,
escrever teu nome
nas árvores,
nas nuvens,
nas estrelas.
Escrever teu nome
nas areias do rio,
nas areias do mar.
Escrever teu nome
nas dunas
onde você,
languidamente,
se deita.

Você fecha
os olhos,
e vou escrevendo
bem de leve
no teu corpo,
com a ponta
do dedo,
palavras de carinho
que tua pele,
em arrepios de desejos,
vai lendo
devagarzinho.


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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