quarta-feira, 23 de março de 2011


Lance

* Por Marleuza Machado

Foi bom o instante que durou
O amor sem amor...
Meu corpo te pertenceu
Mas a alma vagava
No infinito.
Clara,
Pela intrínseca pureza
Livre,
Por distinguir o prazer do sofrer...
Quanto durou?
Uma fração de segundos, sinto eu,
Mesmo que horas tenham se passado...
Não me recordo o perfume
Nem da música
Nem da luz
Nada há que se guardar...
As sensações da noite se foram
Quando seu automóvel deslizou os pneus
Pela madrugada úmida.

• Poetisa e jornalista

Um comentário:

  1. Há instantes que às vezes valem por
    uma eternidade...
    Abração Marleuza

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