sábado, 27 de março de 2010


Quatro anos!

Caríssimos leitores, boa tarde.
Quanta coisa é possível de se fazer em quatro anos? Depende. Alguns fazem muito. Outros, fazem pouco. E outros, ainda, até não fazem absolutamente nada. Alguns constroem vidas, futuros, obras e até nações nesse período. Outros, limitam-se a tarefas rotineiras, mas ainda assim produzem algo que lhes traga satisfação. Outros, ainda, simplesmente vegetam e somente ficam quatro anos mais velhos.
O tempo é sumamente relativo. Quatro anos passam num piscar de olhos quando estamos felizes e realizados. Com certo exagero, parecem meros quatro segundos. Esse mesmo período, contudo, é uma eternidade para os que estão sofrendo, para os frustrados, os doentes, os encarcerados, os derrotados, os infelizes... E são tantos...
Quatro anos, por exemplo, é quanto duram os mandatos dos políticos, prefeitos, governadores de Estado, presidentes da República, vereadores e deputados estaduais e federais. Os senadores têm esse tempo dobrado. Alguns (raros), ao cabo desse período têm grandes realizações a ostentar. Ganham, pois, nas urnas, novos mandatos com a mesma duração. Outros...
Quatro anos é o tempo que separa uma Copa do Mundo (de futebol, vôlei ou basquete) de outra. O mesmo se pode dizer em relação a Jogos Olímpicos e Pan-Americanos. Para uns, parecem uma eternidade, à espera de poder brilhar nos estádios. Para outros... é um piscar de olhos e mal dá para se prepararem com alguma chance de sucesso.
Quatro anos, também, é o tempo que leva para estudantes de muitas faculdades se formarem. Para os que se aproveitam bem desse ínterim, ele parece curtíssimo. Para os relapsos, os medíocres e os irresponsáveis, ele se arrasta mais lento do que a tartaruga.
Pois é. Quatro anos é quanto o Literário completa hoje, 27 de março de 2010. E para nós, foi um tempo comprido, interminável ou uma fração que representa meros quatro segundos? Cada qual que participa desse nosso quixotesco projeto que diga como o encarou.
Para este Editor, parece que se tratou de um piscar de olhos. Não que não tenha enfrentado dificuldades e tido que transpor imensos obstáculos, com cara de intransponíveis, para assegurar nossa mera existência. Foi uma luta titânica contra o tempo, a incompreensão, as limitações técnicas (minhas, não do espaço) e outros tantos fantasmas que me assombraram.
Encaro, todavia, esta data como um marco, e de vitória. Muitos lamentaram nossa saída do Comunique-se, entendendo que com isso perdíamos uma estrutura imensa de divulgação, visibilidade e prestígio e que isso significou profundo retrocesso. Alguns, até, nos abandonaram por causa disso. Discordo dessa postura e de quem pensava (ou ainda pensa) assim.
Tenho números em mãos que comprovam que mais pessoas nos visitam e prestigiam, diariamente, aqui, no blogspot, do que no prestigioso portal de onde nos retiramos. Os acessos diários, ali, nunca chegaram a 50. Aqui, nos dias piores, atingiram a 300. Houve até edições que foram vistas por mais de mil pessoas num único dia.
No momento em que escrevo estas considerações, o contador de acessos registra que já tivemos 73.768 visitas. E isso em dez meses, que é o tempo em que este marcador está instalado. É pouco? Também acho!!! Mas é muito mais do que a visibilidade que tínhamos no Comunique-se. Afirmo, baseado em dados concretos, que é quase dez vezes mais. Convenhamos, é cifra muito considerável.
Outro aspecto a destacar é nossa periodicidade. Neste um ano que estamos na nova casa, não houve um único dia em que não tivéssemos edição. São 114 edições a mais do que teríamos no Comunique-se, já que ali não éramos publicados aos sábados, domingos e feriados.
E a quantidade de textos editados? O que dizer dela? Contamos com vinte fiéis, leais, dedicados e competentes colunistas fixos. Quanto a colaboradores eventuais, sabem a quantos ascendem? A mais de 400! Somos, certamente, o espaço mais plural da internet. Se duvidarem, apontem outro que nos supere. Publicamos mais de quatro mil textos, de todos os gêneros, assuntos e até tendências ideológicas, sem a mais remota restrição. O Literário é absoluta e rigorosamente democrático e aberto a quem se dispuser a aderir ao nosso projeto.
Outro aspecto a destacar é a nossa isenção. Explico. Quando alguém leva um fora da namorada, o que, via de regra, faz? Procura esquecê-la logo e não quer nem ouvir falar no seu nome dali por diante, isso quando não a hostiliza.
Quando algum amigo nos deixa na mão, o que, invariavelmente, fazemos? Rompemos todas as relações com ele, riscamo-lo do nosso círculo de amizades e não temos mais com ele sequer relacionamentos formais.
E nós, como agimos com os que nos deixaram na mão (e foram vários)? Reconhecemos a contribuição que deram enquanto eram colunistas e abrimos espaço, e em dois dias nobres da semana (sábado e domingo) para republicar seus textos.
Claro que minha valorização aos colunistas é absoluta. E não faço isso, sequer, subjetivamente, para agradar “x”, “y” ou “z”. Ajo assim porque, além de assíduos, abnegados e cumpridores do compromisso que assumiram comigo, são muito bons escritores e sabem o que querem. A prova disso é o teor das entrevistas com eles, que venho publicando periodicamente, com assiduidade.
Neste quarto aniversário, peço licença para fazer um registro especialíssimo. Sem citar nomes (para não correr o risco de omitir algum), agradeço, do fundo da alma, aos abnegados que, diariamente, sem atentar para custos e nem para o tempo que gastam, imprimem nossas edições e as distribuem gratuitamente aos colegas que não têm computador. E querem saber de uma coisa? Essas pessoas sequer me conhecem pessoalmente, nem mesmo são da minha cidade. Alguns moram em localidades que distam, no mínimo, a mil quilômetros ou mais daqui de Campinas. É por causa de gente assim que o Literário sobrevive, cresce, se desenvolve e se consolida.
Há uns seis meses, quando nosso número de seguidores não chegava a 40, fiz um desafio, ciente de que não seria aceito por ninguém: o de chegarmos a 100 seguidores quando do nosso aniversário. Não atingimos a centena, é verdade. Mas passamos raspando.
Hoje, neste 27 de março de 2010, eles são 95! Essa é uma aposta que eu perderia com muito gosto (pois apostei que não chegaríamos a cem). Não chegamos lá, é verdade. Mas... por aproximação, digamos que a cifra foi atingida e que perdi o desafio. E eu, que detesto perder no que quer que seja (tanto que nunca jogo nada), recebo essa “derrota” não só com satisfação, mas até mesmo com euforia. FELIZ ANIVERSÁRIO para nós!!!!

Boa leitura.

O Editor.

5 comentários:

  1. Espaço plural sim. Acompanho desde agosto de 2007 e vi textos de várias tendências e procedências. Também lamento os que nos deixaram. Sinto saudades e espero que um dia voltem, mas também festejo os que estão aportando. Parabéns para todos!

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  2. Além de colunista, sou fã do Literário. Temos escritores de vários estilos, para todos os gostos e estou imensamente feliz por participar do blog! Parabéms pedro, clunistas, colaboradoes e obrigada a todos os que nos prstigiam! Beijos!

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  3. Parabéns Literário!
    Parabéns para você que acessa esse espaço.
    Parabéns ao idealizador.
    Enfim, vida longa para esse cantinho onde
    sempre encontro espaço.
    Beijos

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  4. parabens Pedro, continue sempre este espaço especial, vida longa ao Literário !

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