terça-feira, 29 de dezembro de 2009




Esperança

* Por Evelyne Furtado


Em uma tarde em que o calor paralisa o vento e a alma, assim como o corpo, sente saudade, ela contempla lembranças de um ano febril.

Fiel aos sentidos, acentua ou minimiza fatos, conforme as atuais sensações. Também separa a vida da imaginação.

Em gestos que lhe exigem certo esforço ela rasga, guarda, apaga, ressalta, esquece e lembra o que é para ser lembrado.

Já é quase noite, quando aliviando o cansaço, ela prepara um banho com arruda, sal grosso e esperança.

* Poetisa e cronista de Natal/RN

2 comentários:

  1. Deletar as coisas ruins que de nada servirão.
    Tirar proveito de outras para não repetir os
    erros. Acreditar na renovação da alma.
    Adorei!
    Beijos

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  2. Fazer na mente o que se pode fazer no armário: uma limpeza largando dentro apenas o essencial. Ah, que vontade tenho de simplificar a minha vida. E em suas palavras parece tão simples Evelyne.

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