sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Nosso megafone

Caríssimos leitores, bom dia. O final de semana está chegando e espero que vocês aproveitem bem esse hiato da agitada faina diária (e põe agitação nisso!) e que, entre outros tantos tipos de lazer, dediquem um tempinho para a leitura do nosso Literário. Estou certo que dedicarão. Pelo menos, é o que espero. Da minha parte, farei o melhor possível para selecionar textos atrativos e instigantes, que sejam, sobretudo, reflexivos. Refletir sempre é um exercício saudável da inteligência.
Vocês conhecem o megafone, não é verdade? Embora se trate de um instrumento arcaico, nestes tempos de tantos recursos eletrônicos, ainda é fartamente utilizado País afora, por políticos e, principalmente por vendedores ambulantes, para apregoar suas pretensões e seus produtos. Com ele, exercitam o velho princípio da divulgação. Ou seja, de que, quem não anuncia, se esconde.
Esse preâmbulo vem a propósito de um e-mail que recebi ontem. Nele, o autor, em termos gentis, tece uma série de elogios ao Literário, sobretudo aos textos e às imagens das nossas edições diárias. Faz, apenas, uma restrição. Refere-se ao “tom” destes meus editoriais (na verdade, como já destaquei, mas faço questão de reiterar, esses textos introdutórios são mera conversa de amigos em botequim, posto que, neste caso, eletrônico). Mas tinha que sobrar para mim!
O autor do e-mail entende que eu elogio em demasia nossos colaboradores. E argumenta, a título de lição de moral, que “elogio em boca própria é vitupério” e bla-bla-blá, bla-bla-blá e bla-bla-blá... Em que mundo você está, meu amigo!!! Garanto que não no real, o do concreto, cimento e asfalto, no qual, se você quer ter alguma chance, por mínima que seja, de aparecer e fazer sucesso, tem que divulgar, e com fartura, o que faz. Caso contrário...
Na verdade, tenho sido, até, tímido em demasia na promoção dos participantes do Literário. Este aqui é o nosso “megafone”, mediante o qual apregoamos nosso nobre produto. Quanto ao alcance que ele tem, não tenho condições de aferir se é grande ou ínfimo. Mas algum alcance tem. E mesmo que seja pequeno, é melhor do que o ostracismo puro e simples.
Temos que divulgar, e bastante, e cada vez mais, a produção dos nossos integrantes. Divulgar ad náusea, por exemplo, os livros do Urariano, do Talis, do Murta, da Celamar (que logo estará nas livrarias) e de todos os colunistas que já publicaram e que, certamente, vão publicar suas obras (espero que brevemente).
Não tenha dúvida, caríssimo missivista, que tão logo meus livros “Lance Fatal” e “Cronos & Narciso” (que aliás tem textos, nas orelhas e nas contracapas, de todos os participantes do Literário, para meu orgulho e satisfação) entrarem no catálogo de vendas da editora (e isso irá ocorrer, possivelmente, ainda neste mês), farei um barulho dos diabos em torno deles. Não confunda, amigão, “modéstia” com “hipocrisia”. Quando acho que alguma obra é boa, mesmo sendo minha ou tendo a minha participação, e a deprecio ou silencio minha opinião, à espera de que alguém elogie, estou sendo, apenas, “falsamente modesto”. Ou seja, hipócrita.
Usarei, não tenha dúvidas, enquanto ele existir (e espero que tenha vida longuíssima), este espaço nobre da internet, este megafone que espero seja muito barulhento, para divulgar, ad náusea, tudo o que entender que seja de qualidade, nobre, saudável e bom. Estamos conversados? É isso aí! Claro que você tem pleno direito de réplica e, se me permitir, a publicarei, com satisfação, no Literário. Afinal, este espaço é, será e sempre foi sumamente democrático.

Boa leitura.

O Editor.

Um comentário:

  1. A sua cultura extensa o autoriza a bem avaliar os textos que chegam, caro editor. De minha parte faço pouquíssimas ressalvas. Gosto do que tem postado, embora autores repetidos na mesma semana pareçam-me exagero. Venho aqui todos os dias há dois anos e um mês, e nunca arrependi. Mesmo quando chego perto de uma hora da manhã, consigo diversão. Posso assegurar que há espaço para todos, de diversos estilos, pois o espaço dá chance a todos.

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