terça-feira, 28 de julho de 2009




Superfície

* Por Evelyne Furtado


Hoje não tenho o que dizer
Falei tanto
Sai de mim
Deixei-me a um canto
Flui superficialmente pelo piso
Vivi sem me dar conta dos meus
Nem dos seus
Sentimentos.

Hoje eu fui como muitos
Outros
Seres
São.
Nada importante me ocorreu
Fechei a porta à dor
Ou a qualquer outra emoção
Mais profunda.

Hoje sou uma página da Caras:
Colorida e vazia.

* Poetisa e cronista de Natal/RN

4 comentários:

  1. Evelyne,
    Interessante e original a comparação com a página de Caras. Embora, no seu caso, a analogia não é e nem jamais será verdadeira. Um beijo e parabéns.

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  2. Obrigada, Marcelo, pelo carinho de sempre.Hoje estou mais para lenços descartáveis. Bjs e boa semana.

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  3. Lindo seu poema, Evelyne. Parabéns!
    Beijos

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  4. O faz de conta de Revista Caras agrada a muita gente. É um teatrinho de falsidades, seja na beleza de Photoshop, seja na encenação e frivolidades. Mas também o circo diverte - os outros. Diante do meu ponto de vista sobre a revista, imagino , Evelyne, bela, colorida, brilhante e festiva. Falsa? Não, não acredito que você quisesse dizer isso. A comparação vem pelo lado da superficialidade, e não da frivolidade. Correto? Criar novos conceitos é um ato de coragem. Que "pegue" como o melhor sentido então.

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