sábado, 20 de junho de 2009


Privilégio do Editor

Tudo o que vemos, ouvimos, sentimos ou lemos tem alguma influência sobre nossa personalidade e determina nossas decisões, para o bem ou para o mal, dependendo do teor e da natureza das informações recebidas. Somos uma colcha de retalhos de emoções e pensamentos alheios, multivariados e que, inconscientemente, incorporamos à nossa pessoa.
Nada é mais prazeroso, por exemplo, para um amante de Literatura, do que ler textos bem-escritos, que contenham idéias claras, positivas, construtivas e originais. E nesse aspecto, o Editor do Literário é um privilegiado.
Lê, rigorosamente, e todos os dias sem exceção, centenas de belíssimos poemas, de crônicas que o inspiram a abordar determinados temas em seus próprios escritos, de contos originais e verossímeis e de outros tantos frutos da inteligência e sensibilidade. Afinal, essa leitura faz parte da sua função. É indispensável para que selecione, da melhor maneira possível, o material a ser publicado em cada dia.
Claro que nem tudo o que recebe é divino e maravilhoso. Se fosse, sequer haveria a necessidade de um editor. Mas são raros os textos mal-redigidos, ou que tragam escondido algum ranço de preconceito e ódio ou que exponham idéias negativas ou destrutivas que lhe chegam às mãos. Nesse aspecto, ele (e em grau menor os leitores) está com muita sorte.
Dessa variedade de boas produções literárias, o Editor tem plenas condições de fazer excelentes edições. Com os ingredientes que conta, mesmo que não saiba cozinhar, não tem como não fazer bolos deliciosos e digestivos. Mérito, óbvio, dos participantes.
O Editor, porém, tem um privilégio sobressalente, ainda maior que os leitores: a visão de conjunto. Tem, em seu arquivo, todas as páginas já publicadas nos quase três anos e meio do Literário. Dispõe, pois, de um volume apreciável de belíssimos poemas, de crônicas inspiradoras, de contos originais e verossímeis e de outros tantos escritos.
Esse acervo, essas preciosidades, esse tesouro mais do que paga o seu trabalho diário de edição. Na verdade, ele é que deveria “pagar” pelo privilégio de enriquecer sua mente, sua alma, sua personalidade e sua vida com tantos pensamentos e sentimentos úteis e construtivos, que irão se incorporar, em definitivo, à sua experiência e à sua pessoa. Obrigado, pois, aos participantes, por este privilégio que me dão há já tanto tempo e do qual pretendo gozar, ainda, por anos e mais anos!

Boa Leitura.

O Editor.

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