quinta-feira, 18 de junho de 2009




O amor de uma noite

* Por Talis Andrade

As mulheres não desfalecem
sob o peso das carícias
dos amantes de uma noite

O amante mandasse uma rosa
a fêmea voltaria a sorrir
Reencontraria perdidas sensações
perdidos sonhos
Seria igual a qualquer moça
fantasiando uma moradia no paraíso
a paz de uma vida rotineira
Cada coisa no seu canto
a mesa arrumada
um jarro de flores
a comida caseira
Seria igual a qualquer moça
nos espasmos de santa
não precisava fingir
um orgasmo passageiro

(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

Um comentário:

  1. Quase impossível não sorrir ao receber uma rosa, especialmente de alguém que foi embora e que, numa atitude simples muda todo o dia de alguém. Aqui o que prevalece é "uma noite" e não o amor.

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