domingo, 31 de maio de 2009


Encontro com os clássicos

Com a publicação de um trecho do magnífico ensaio de Blaise Pascal, “O homem perante a natureza”, o Literário dá seqüência, hoje, aos seus encontros dominicais com os clássicos da literatura mundial. Nas dez semanas anteriores, trouxemos para o leitor textos de Leon Tolstoi, Henry David Thoreau, Mário Quintana, Machado de Assis, Edgar Allan Poe, Sigmund Freud, Guy de Maupassant, Vinicius de Moraes, Raul Pompéia e Isaac Asimov. Muitos outros virão proximamente.
Notem que não utilizamos, aqui, a expressão “clássicos” no sentido usual do termo, o de escritores de um passado remoto que lançaram os fundamentos da Literatura. Para nós, essa expressão cabe a caráter aos homens de letra inclusive do nosso tempo, mas já consagrados no mundo literário e, sobretudo, acadêmico e que não têm que provar mais nada para ninguém, tidos e havidos como produtores de obras indispensáveis para quem queira ter razoável grau de cultura.
Há quem ache que esse tipo de publicação foge ao espírito da nossa revista eletrônica. Discordo. Na verdade, consolida-o, enfatiza-o e o valoriza. Ademais, a maioria dos textos publicados é rara, que pouca gente conhece, “descoberta” após demoradas pesquisas na caótica biblioteca do Editor. Certamente, eles haverão de inspirar nossos colunistas e, por que não, os aspirantes a escritor que nos visitam, na produção das suas próprias obras.
Outra finalidade destes encontros semanais com os clássicos é a de retribuir, de alguma forma, os vários abnegados que, arcando com os custos, imprimem, diariamente, nossas edições para distribuir aos colegas que não tenham computador. Trata-se de uma ação generosa e importantíssima na divulgação do Literário. Serão sempre bem-vindas ações desse tipo, que ampliem nosso círculo de leitura (o que aumenta, claro, a responsabilidade dos participantes deste espaço na produção, e do Editor, na seleção, de textos que de fato mereçam ser lidos).
Essas pessoas que nos ajudam tanto, e espontaneamente, são, em sua maioria, estudantes de Letras e de Jornalismo e, para elas, os clássicos são verdadeiros tesouros de sabedoria e luz (deveriam ser para todos os amantes e agentes da Literatura)..
Sem mais delongas, portanto, convido-o, precioso leitor, a se deliciar com as reflexões de Blaise Pascal, um dos mais respeitados, citados, argutos e refinados filósofos que o mundo já produziu.

Boa leitura.

O Editor.

2 comentários:

  1. Pedro, todos sabemos que o teu trabalho não é fácil nem pequeno. Mais: que o lugar, a importância dos clássicos é inquestionável para escritores e não-escritores, vale dizer, para toda a gente.
    Eu pediria apenas, como um abuso, que além do bom gosto da tua escolha, os clássicos viessem com um título ou referência aos assuntos de hoje. Algo como "O homossexualismo em Machado de Assis", e lá viria o conto Dona Benedita. Ou "O racismo em Lima Barreto", e lá viriam diários ou contos do nosso maior rebelde. Ou "O erotismo em Tosltoi", e lá viria o magnífico conto "O padre Sérgio". Ou mesmo "O incesto em J. J. Rousseau", e lá viriam trechos de suas Confissões. Ou mesmo, o erotismo, ou o adultério, ou a covardia, ou homicídios, e lá viriam trechos da Bíblia.
    Mas bem sei que tais sugestões para o homem que possui a tua carga e tempo são mais que um abuso.
    Abração.

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  2. Ler os trechos dos clássicos pode dar certo verniz. Alguns dos livros citados tenho em casa e ainda não os li. Fiquei dependente da tela, e encontrá-los aqui aos domingos é uma saída honrosa para nos aproximarmos desses autores.

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