quinta-feira, 23 de abril de 2009


Marca registrada

O “selo de qualidade”, a grande marca registrada dos colunistas das quintas-feiras, aqui no Literário, é a originalidade. Isso não quer dizer que os demais não sejam originais, longe disso. Ocorre, porém, que esses jornalistas-escritores (ou seriam escritores-jornalistas? Nunca se sabe!), esbanjam originalidade sem similar na literatura contemporânea.
Pudera, dois deles, Marcelo Sguassábia e Gustavo do Carmo, têm formação publicitária, atividade em que ser criativo e original é condição “sine qua non” para obter êxito na profissão. O outro? Bem, o outro é poeta. Não é preciso dizer mais nada, não é mesmo? Contudo, é questão de justiça destacar que, sem favor algum, se trata de um dos melhores, mais prolíficos e mais talentosos da atualidade no País. Claro que me refiro a Talis Andrade. Nem poderia ser outro.
Marcelo caracteriza-se por bem-humoradas e inteligentíssimas paródias. Seus textos, via de regra, servem para que até o sujeito mais mal-humorado do mundo, aquele que briga com você quando lhe deseja um bom dia, desopile o fígado e ria das suas colocações. Surpreendente, como é, todavia, às vezes brinda, sem nenhum aviso prévio, você, paciente e fiel leitor, com páginas de extrema sensibilidade e poesia. Revela, pois, que além de um redator criativo e sagaz, tem alma generosa e terna de poeta. Seu texto de hoje é o 114°. E, se tivesse que se definir o melhor deles (felizmente não se tem essa necessidade), seria absolutamente impossível. Todos, rigorosamente todos, são excelentes e marcantes. Confira você mesmo.
Gustavo do Carmo, embora também publicitário (mas, sobretudo, jornalista) segue uma linha diferente da de Marcelo. Sua especialidade é o conto, embora já tenha publicado um romance, “Notícias que marcam”, valendo-se da sua experiência jornalística para escrever ficção, e ótima ficção. Seu outro livro, porém, como não poderia deixar de ser, é “Indecisos, entre outros contos”, do qual reproduzimos, semanalmente, para seu deleite, amável leitor, muitas dessas histórias. Hoje publicamos seu 37° texto.
Falar de Talis Andrade exigiria espaço muito maior do que este. A despeito de ser, também, arguto e inspirado cronista, publicamos, em sua coluna semanal, apenas poesia. Por que? Por questão exclusiva de gosto do editor, que tem nesse poeta um dos mais completos do País e, por isso, um dos seus preferidos. Seus livros falam de Talis melhor do que ninguém. Quem quiser conferir sua força poética, é só se dar o prazer estético de ler qualquer um dos seus 13 volumes já publicados. O leitor inteligente, certamente, não irá se contentar com somente um. Vai querer ler todos os 13 e os outros tantos que ele vier a publicar. Hoje, trazemos à sua apreciação o 68° poema de Talis publicado no Literário. Deleite-se com ele!

Boa leitura.

O Editor.

3 comentários:

  1. Pedro, generoso Pedro, você nos desconcerta com seus elogios. Que é minha despretensiosa produção frente às suas 3 crônicas diárias? De minha parte agradeço, na esperança de continuar correspondendo. Um abraço fraterno.

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  2. Muito obrigado pelo elogio. Fiquei lisonjeado. Abraço.

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  3. Estou achando os editoriais, tidos como carrancudos, um aperitivo salivante. Mesmo elogiosos --e muitas vezes damos descontos nos elogios de amigos--, não faz favor nenhum a essa turma de quinta-feira. Bateu em cima do mérito de cada um.

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